VINHOS

Elaboração de Vinhos Tintos


1. UVAS TINTAS




Para se produzir vinhos tintos, são necessárias uvas tintas, pois a cor dos tintos vem dos pigmentos (antocianinas) contidos nas cascas das uvas tintas.


Também nas cascas das uvas tintas existe um componente típico, os taninos, responsáveis pela sensação gustativa de adstringência, ou travo na boca.


Pode-se dizer que quanto mais cor, mais tanino terá um vinho tinto, com ressalva para algumas variedades de menor tanino e para os vinhos maturados


2. RECEPÇÃO DAS UVAS






Esteira conduzindo as caixas de plástico contendo as uvas colhidas
 















Lançamento das uvas no tanque de recepção 



3. DESENGAÇAMENTO E ESMAGAMENTO
 
 
 
 
4. FERMENTAÇÃO




A fermentação é a reação química que acontece dentro do mosto, transformando o açúcar das uvas em álcool. Este processo pode ser feito em tonéis de madeira ou de aço inox.




 
Para iniciar a fermentação, utilizam-se leveduras selecionadas (pé-de-cuba). A temperatura de fermentação varia de 25 a 30 ºC, mas atualmente usam-se tanques com temperatura controlada para se obter resultador mais finos e intensos em aromas e sabores.


•Maceração (48 hs - 5 dias) : fermentação tumultuosa com parte sólida (cascas, sementes), em tonéis ou em recipientes com movimento automático (Vinimatic)




•Chapéu Remontagem Vinho flor
•Chaptalização (correção do açúcar), se necessário


•Descube (separação da parte sólida)BagaçoVinho Inferior ou destilado
•1ª trasfega - o vinho é bombeado para outro tanque, separando as cascas e borras.
•Fermentação secundária ou malolática (20-40 dias) - fermentação complementar que transforma o ácido málico (mais duro ao paladar) em ácido lático (mais macio).
•2ª trasfega


5. ESTABILIZAÇÃO


•Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas (trocas entre recipientes), seguida da análise e correção do anidrido sulfuroso


6. CORTE (ASSEMBLAGE)


•Em várias regiões do mundo é comum misturar-se diferentes uvas, em proporções controladas pelo enólogo, com o objetivo de se criar um vinho mais equilibrado e mais rico em características. Esses são vinhos de corte, ou de assemblage (montagem, em francês). A mistura de uvas em nenhuma hipótese caracteriza vinhos qualidade inferior. Exemplos de vinhos de corte tradicionais são os Bordeaux (FR), Valpolicella e Chianti (IT)


•Caso o vinho utilize apenas uma cepa ou variedade de uva, ele é chamado de Varietal.


7. AMADURECIMENTO


•Os vinhos tintos se beneficiam de um estágio em pipas ou barricas de madeira (preferencialmente carvalho), onde os taninos jovens são 'amaciados' pelo contato com a madeira, diminuindo o tempo necessário para que o vinho fique mais agradável de beber.


• O tempo de maturação varia de alguns meses a vários anos, dependendo do vinho, da região e dos objetivos do enólogo.


•O padrão de barricas utilizado é o bordalês, de 225 litros. No Brasil, tem-se utilizado barricas de 300 litros.


•Dentre as madeiras utilizadas, a mais qualificada é o carvalho francês, o melhor de todos por sua finesse e resultados, em 3 variedades: Tronçais, Limousin e Allier. O Tronçais é o mais fino e valorizado. São barricas muito caras, chegando a 1000 dólares cada. As barricas podem ser reutilizadas alguns anos em seguida, sendo comum acontecer uma mistura entre barricas novas e usadas.


•Muito utilizado, o carvalho Americano, vem dos USA. É mais rude, puxa mais para os sabores de madeira verde, se usado em excesso abafa a fruta dos vinhos. Como é mais barato, é muito usado nos vinhos de custo menor.


•Uma nova opção, o carvalho Esloveno produz resultado mais fino que o Americano, sendo similar aos franceses menos nobres. Espanha e outros países da Europa estão mesclando esse carvalho, que reduz os custos de produção com resultado superior ao carvalho Americano.


                                                          
8. CLARIFICAÇÃO


•Também feita depois da estabilização, serve para aglutinar as impurezas para decantação.


•Colagem: clara de ovo, caseína, cola (peixe ou osso), bentonite, gelatina, etc.


9. FILTRAÇÃO




•Filtração: filtros de diatomácea ou de milipore (acetato de celulose) ou, como alternativa, centrifugação.
                                                                                                   
Equipamento de filtragem de diatomácea

9. ENGARRAFAMENTO




10. ENVELHECIMENTO NA GARRAFA



•Duração de 1 mês a vários anos anos, dependendo do tipo de vinho

 



 

Como escolher uma garrafa de vinho


Não há nada que combine melhor com um jantar romântico, um serão entre amigos ou um fim de tarde a solo em frente à lareira, do que um bom copo de vinho. Branco, tinto, rosé, reserva, nova colheita, verde, maduro, alentejano ou do Douro, vinho generoso, tranquilo ou espumante, as opções chegam a ser tantas quantas as dúvidas.


Muitas pessoas escolhem uma garrafa de vinho porque são atraídas pela forma moderna das garrafas ou pelo design irresistível dos rótulos e/ou logótipos e não há nada de errado nisso, aliás esse é mesmo o objectivo – levar as pessoas a comprarem! Claro que pode acertar em cheio e encontrar um verdadeiro néctar dos deuses ou então a “embalagem” pode ganhar ao conteúdo. Para principiantes, é uma boa maneira de iniciar a sua carreira de connaisseur de vinhos, mas existem ainda outras dicas para fazer dessas primeiras escolhas, escolhas acertadas!

A ocasião e/ou a refeição em que será servido o vinho, pode ser o principal guia para a sua escolha. Embora cada vez mais discutida, a regra de ouro – tinto para pratos de carne e branco para pratos de peixe – continua a valer e é um bom começo quando estiver frente a frente com centenas de garrafas! Porém, não tenha receio de inovar – afinal um vinho não é para ser bebido, é para ser apreciado!

O preço é um factor que pode perfeitamente orientar a escolha de uma garrafa de vinho, existindo garrafas que vão de poucos, a dezenas ou até mesmo centenas de euros… e tudo na mesma prateleira! Como saber? Claro que uma garrafa de vinho que custe €20 terá de ser obviamente de maior qualidade quando comparada com uma de €5, mas isto não quer dizer que a mais barata seja horrível! Se ainda é um amador na questão dos vinhos e não tem a certeza absoluta do que está a fazer, escolha o mais barato para depois não “chorar o prejuízo”. Se, por outro lado, não tiver nada a perder, experimente um vinho mais caro – já diz o velho ditado “quem não arrisca, não petisca”!

A graduação alcoólica, mais ou menos elevada, é outra característica que pode ajudar na decisão por este ou aquele vinho. O grau de álcool visível no rótulo da garrafa em forma de percentagem, corresponde ao número de litros de álcool por cada 100 litros de vinho. Na prática, um vinho com uma percentagem mais elevada é mais “encorporado”, mais forte; enquanto um vinho com uma percentagem de álcool reduzida é, naturalmente, menos “encorporado”, ou seja, mais leve.

Outra dica interessante para quem quer escolher um vinho irrepreensível, é estar atento à classificação do vinho, uma informação que pode ser igualmente encontrada no rótulo. No caso dos vinhos portugueses, a designação de qualidade elevada é o VQRD/DOC (Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada/Denominação de Origem Controlada); nos rótulos franceses consta o AOC (Appellation d’Origine Contrôlée) e nos italianos o DOC (Denominazione di Origine Controllata) e as DOCG (Denominazione di Origine Controllata e Garantita). Se estiver atento a um detalhe tão importante como este, ficará certamente bem servido!

Procure uma garrafeira ou loja gourmet com pessoas especializadas que possam ajudá-lo na escolha das suas primeiras garrafas ou na compra de um vinho para uma ocasião especial. Veja com calma, faça as perguntas que quiser e não desespere na busca de uma boa garrafa de vinho – a escolha deve ser o início dos muitos prazeres associados ao maravilhoso mundo dos vinhos. Porém, não deixe ninguém pressioná-lo durante o processo de escolha, obrigando-o a comprar esta ou aquela marca, ou a gastar mais dinheiro do que pensava.

Aproveite os convívios em torno de uma boa mesa (e vinho!) para trocar opiniões com familiares e amigos sobre os vinhos que tenham degustado nos últimos tempos e faça uma nota mental ou mesmo escrita daqueles que lhe parecem adequados ao seu gosto.

Mantenha uma lista dos vinhos que mais apreciou e, porque não, daqueles que definitivamente não quer voltar a comprar! Inclua notas sobre o que gostou mais e menos, a reacção das pessoas a quem foi servido e o preço. Com uma selecção pessoal e actualizada de vinhos aprovados e desaprovados, as próximas compras serão bem mais fáceis!

Mas não se limite à sua lista, sempre que possa vá experimentando vinhos de regiões, países ou anos diferentes… afinal de contas, se não come a mesma comida todos os dias, porque é que há-de beber sempre o mesmo vinho? Metade do prazer está no experimentar, até porque o vinho pode proporcionar-lhe viagens por todo o mundo!

Para se tornar num verdadeiro expert, existem várias ferramentas úteis que o possam orientar na magnífica aventura pelos sabores e aromas dos vinhos: desde revistas e sites especializados, passando pelos blogues, a experiências mais práticas, como os cursos de degustação de vinho ou as feiras e provas de vinho que já se realizam com alguma frequência um pouco por toda a parte, estando integradas no cada vez mais popular enoturismo.

Por fim, já sabe: copos ao alto, saúde e bom proveito!

Fonte: http://clubedevinhos.com/artigos/como-escolher-garrafa-vinho

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